Uma equipe de pesquisadores da
UC Riverside, na Califórnia, desenvolveu uma maneira econômica de converter garrafas de vidro em baterias de ions de lítio. Elas armazenam quatro vezes mais energia que as baterias tradicionais e duram muito mais tempo.
As baterias tradicionais de ions de lítio geralmente são feitas usando um cátodo de lítio e um ânodo de grafite. A equipe liderada por Cengiz Ozkan, professor em engenharia mecânica, e Mihri Ozkan, professor de engenharia elétrica, decidiram usar o silício para melhorar o desempenho nessas baterias. Mais precisamente, eles usaram dióxido de silício, que é encontrado em garrafas de vidro.
Os pesquisadores queriam descobrir se as nanopartículas de silício de alta pureza contidas nas garrafas de vidro poderiam ser usadas para para fabricar ânodos. O processo foi realizado em três estágios. Eles tiveram que começar por moer as garrafas de vidro transformando as em um pó branco e fino. O dióxido de silício foi então convertido em silício nano estruturado usando magnésio aquecido. Finalmente, as nanopartículas foram cobertas com carbono, tornando-as mais estáveis e melhorando a capacidade de armazenamento.
De acordo com os resultados dos pesquisadores, essas baterias são consideravelmente melhores do que os modelos tradicionais e funcionam de forma excelente. A equipe registrou uma patente para comercializar o processo e espera que as baterias recicladas de íon-lítio sejam usadas cada vez mais. Esta descoberta poderá diminuir os preços dos Notebooks, smartphones e até carros elétricos. Também teria um efeito positivo na redução de resíduos.
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